Ladrilhos hidráulicos ou "quando foi mesmo que eles se tornaram indispensáveis"?

Passei a infância viajando muito entre casas de parentes, algumas mais chiques e elegantes, outras mais modestas e antigas. Sempre fui detalhista e me lembro de bem pequena já ser uma crítica de designe, mesmo sem entender nadinha do assunto. Eu elegia as casas mais bonitas, as mais gostosas de se morar e imaginava como seria a minha quando crescesse.
Dentre os itens que eu mais desprezava e que colocavam a casa visitada lá em baixo na lista estavam os ladrilhos hidráulicos, chamados na época de "azulejos velhos". Achava simplesmente medonho visitar uma casa com aqueles azulejos em tons de azul português, ou ainda coloridos e trabalhados.
Um belo dia, há mais ou menos 2 meses, estava eu em frente ao computador, buscando sites de lojas que vendessem os tais ladrilhos.
Lembrei da minha lista da infância e pensei em como o tempo é capaz de mudar nossas opiniões e, mais ainda, refleti sobre o quanto as listas que fazia quando pequena levavam em conta apenas a perfeição dos detalhes e não o uso que se faz da casa.
Hoje sou completamente adepta das casas para se morar, casas não tão elegantes, não tão perfeitinhas, mas onde a gente possa se sentir bem em sentar no sofá, colocar o pé na mesinha de centro e encostar o pires na mesa lateral.
Ok, elas tem que ser bonitas, elas tem que ser limpas e organizadas, mas, acima de tudo, elas tem que ser nossas e não sermos delas.
E aí, volto aos azulejos hidráulicos da cozinha da casa da minha avó paterna, que vivia cheia de gente na mesa, comendo bolo com a mão, dividindo a mesma colher, tomando café no copo.
Nostalgia pouca seria bobagem, então agora quero um pedacinho dessa casa na minha... E que venham os azulejos hidráulicos...

E um dos preferidos!

Não decidi ainda exatamente aonde eles serão utilizados, mas estou pensando seriamente em um pedacinho em destaque lá no quiosque, atrás da pia ou do fogão à lenha... Assim que estiver pronto, posto umas imagens.